Em tempos de transformação digital e crescente atenção à privacidade, um detalhe técnico pode comprometer toda a política de segurança da sua organização: o descarte de informações. Mais especificamente, a falsa sensação de segurança ao simplesmente deletar arquivos.
Muita gente ainda acredita que ”apertar delete” é o mesmo que eliminar. Mas, tecnicamente, são processos bem distintos.
Quando um arquivo é deletado, o sistema operacional apenas marca aquele espaço como disponível para uso. O conteúdo, no entanto, continua armazenado no dispositivo até ser sobrescrito. Esse processo, chamado de remoção lógica, não garante que a informação foi realmente eliminada.
Com ferramentas acessíveis, até mesmo usuários com conhecimento básico conseguem recuperar esses dados. O que parece ter desaparecido pode estar apenas oculto – e vulnerável.
Do ponto de vista legal, o risco é ainda maior. A LGPD determina que os dados pessoais devem ser eliminados ao término de sua finalidade.
O artigo 15 da norma exige a exclusão definitiva dos dados após o fim do tratamento, salvo exceções previstas. Manter informações sem necessidade ou falhar na destruição adequada pode configurar uma infração à lei.
Por isso, mais do que apagar, é essencial garantir a destruição segura das informações.
Sua organização está preparada para dar esse passo com responsabilidade?